Professor de Farmácia conclui doutorado na UFPE

Thiago Matos fez importante estudo sobre esquistossomose.

16/02/2016 às 12h54

O docente do curso de Farmácia do Centro Universitário Cesmac Thiago Matos concluiu o doutorado na Universidade Federal de Pernambuco com o tema: Avaliação da Atividade Esquistossomicida de Novos Derivados Tioxo-Imidazolidínicos em Vermes Adultos de Schistosoma Mansoni (Sambon – 1907). O estudo foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica.

A defesa da tese ocorreu no último dia 05, na UFPE e contou com a presença de estudantes e da coordenadora do curso de Farmácia do Cesmac Valéria Lopes, que destacou: “a formação continuada é um processo de suma importância para todo o profissional e para o decente ainda mais. O professor Thiago tem um histórico de dedicação intensa desde a graduação e agora está colhendo os frutos com mérito”.

A história com a linha de pesquisa surgiu ainda nos tempos de faculdade, quando fazia pesquisa científica pelo Programa Semente de Iniciação Científica (PSIC), orientado pela professora doutora Aldenir Feitosa (2006/2007).

O professor leciona nos curso de Enfermagem, Nutrição e Farmácia, sendo o último com a disciplina de Parasitologia Humana. Também coordena as pós-graduações em: ‘Citologia Clínica’ e Análises Microbiológicas e Parasitológicas’.

Tudo é resultado de 11 anos de estudos e pesquisas compreendendo graduação, especialização, mestrado e agora o doutorado. Em quatro anos no Cesmac como docente já orientou seis trabalhos de iniciação científica, dois projetos de extensão e 30 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).

A Doença

Segundo professor doutor Thiago Matos, a esquistossomose acomete diversas áreas do mundo, principalmente nos continentes sul-americano e africano. No Brasil, sua elevada prevalência ocorre principalmente às más condições de saneamento básico, falta de esclarecimento e conscientização da população e isso não é diferente em Alagoas, onde a esquistossomose é endêmica em 70 municípios.

Essa doença parasitária é causada pelo Schistosoma mansoni, parasito que tem no homem seu hospedeiro definitivo. A esquistossomose é contraída por meio do contato com água doce que contenha caramujo, que em Alagoas está presente, principalmente, nas bacias dos rios Mundaú e Paraíba. O pesquisador ressalta que a relevância da sua pesquisa de intervenção foi na importância em identificar novos compostos que sejam candidatos a fármacos para tratamento da esquistossomose.

Na sua pesquisa de doutorado, ele investigou em laboratório a atividade esquistossomicidas de nove inéditos derivados tioxo-imidazolidínicos e ao final dos experimentos obteve resultados promissores com uma molécula codificada por LPSF/PTS23, onde a mesma foi capaz de inibir a oviposição, o acasalamento e causou mortalidade dos vermes adultos em todas as concentrações avaliadas. Se mostrando uma molécula promissora na busca de compostos para o tratamento da esquistossomose.