Acadêmicos do curso de Medicina do Cesmac fazem estágio no SAMU

Atuação é supervisionada pelo médico, pós-graduado em Clínica Médica e UTI, Luciano Timbó Barbosa

22/12/2021 às 17h09

O curso de Medicina do Cesmac proporciona diversos cenários de práticas para os acadêmicos. O processo acontece por meio de várias parceria e convênios, possibilitando ao futuro médico as mais importantes práticas na atuação, com supervisões e ambientes que enriquecem todo o aprendizado e trajetória acadêmica.

O Estágio de Urgência e Emergência no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), é um desses cenários de prática enriquecedor. O trabalho é supervisionado pelo médico, pós-graduado em Clínica Médica e UTI, Luciano Timbó Barbosa, que atua com aproximadamente 50 alunos e 8 preceptores. “Entre os Estágios tive a honra de conhecer o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e sua importância na vida acadêmica dos estudantes. É um serviço público, com o objetivo de prestar atendimento rápido à população em casos de Urgência e Emergência nas residências, vias públicas ou nos locais de trabalho. Socorre trauma, clínica médica, pediátrica, obstétrica e psiquiátrica. Devido a essas características, passou a ser imprescindível na formação dos alunos do curso de Medicina do Cesmac”, detalha o docente.
Luciano Timbó Barbosa - Médico Supervisor do Estágio de Urgência e Emergência no SAMU

 

O serviço nasceu em 1968 regulamentado em um decreto de 1987. Hoje possui o Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEP) que forma, capacita e educa os profissionais do SAMU. Além disso visa à preparação dos alunos, de forma supervisionada, para o trabalho produtivo e seguro. Oferece curso introdutório Pré-hospitalar, avalia de forma prática e teórica e orienta a seguir os protocolos assistenciais para que tenham um rendimento de excelência.

O supervisor do estágio destaca ainda: “o ensinamento é imenso porque na convivência os estudantes mergulham nos atendimentos de Urgência e Emergência e são lapidados a diamantes. Desde regulação das viaturas, atendimento pré-hospitalar de casos leves a graves, transporte para os hospitais, até a discussão dos casos clínicos com os médios e, também, com o coordenador do NEP, Dr. Kesley Garcia. Isso constrói e consolida uma base científica para posteriormente salvar vidas, tornando fundamental e insubstituível no currículo acadêmico. Finalizo agradecendo a competência e altruísmo, pois não há nenhum vínculo financeiro do NEP-SAMU em acolher e ensinar os estudantes de Medicina Cesmac”, afirma Luciano Timbó.

Apenas algumas Faculdades de Medicina do país possuem esse vínculo com o SAMU. A parceria com o Cesmac tem sido uma experiência extraordinária para os internos. Antes de começar os plantões o aluno faz um treinamento que é dividido em estações, incluindo: reconhecer todos os materiais da ambulância, como ligar os aparelhos, como fazer as conexões dos tubos e o checklist das bolsas de emergência, Reanimação Cardiopulmonar RCP, manobras de Rolamento, retirada de capacete e colocação do colar cervical, imobilização, retirada da vítima do veículo, extricaçao com imobilização da coluna e pranchamento.
Aline Gusmão - Acadêmica do curso de Medicina
De acordo com a graduanda Aline Gusmão, “todo acadêmico de Medicina deveria ter essa oportunidade de vivenciar o SAMU. Na regulação médica você aprende muito sobre como discernir, direcionar os comandos e agir com prudência. É um jogo de xadrez: tem que ver o futuro antes de decidir qual equipe deve enviar para o local. O médico regulador movimenta tropas e a compreensão da batalha é travada antes, porque o general Sun Tzu dizia que se as ordens não forem explicadas a culpa é do comandante. Na ocorrência quando entramos na ambulância sentimos como todos ali são importantes e já vira um jogo de quebra-cabeça: cada peça é fundamental para a construção do objetivo e conhecemos de verdade o que é sincronizar. O medo de não saber o que vai encontrar sempre se reverte em coragem e você se sente mais útil no Mundo”, relata a futura médica.