Temática social sensibiliza discentes do curso de farmácia no 7º indoor

Intuito do evento foi disseminar todo conhecimento Afro e Indígena na IES

08/10/2018 às 15h53

O Projeto integrador Farmácia Indoor, que chegou a 7º edição em 2018, abordou uma temática social bastante relevante. A história e a cultura afro e indígena foi trazida para dentro das atividades científicas do evento, resgatando assim todo o conhecimento dos nossos antepassados até os dias atuais.
O evento se realizou com o intuito de promover, de preservar e de resgatar, principalmente perante aos acadêmicos do curso de farmácia, todo conhecimento Afro e Indígena, além de disseminar a toda comunidade acadêmica do CESMAC a riqueza cultural e científica desses povos contribuindo para a perpetuação do aprendizado deixado pelos nossos ascendentes.
Os povos indígenas, quilombolas e afro estão espalhados por todo estado de Alagoas e a inserção do assunto em ambientes científicos e de universidades contribuem para o entendimento, o respeito e a valorização por parte da sociedade.
O papel de uma instituição de ensino superior enquanto ator social é participar diretamente dos processos de transformação e resolução dos problemas mais crônicos da população na qual ela está inserida, no CESMAC, não é diferente, pois através do Núcleo Acadêmico Afro-indígena (NAFRI), é fomentada a promoção da temática sobre as relações ético-raciais no ambiente acadêmico, no sentido de orientar as atividades que visem ao desenvolvimento de pesquisas e extensão voltadas no âmbito de suas respectivas áreas do conhecimento, contribuindo diretamente com o estudo e a troca de saberes entre diferentes comunidades.
O acadêmico José Adenilson da Silva, do 2º período, é bisneto de índio e o mundo moderno o impediu de ter um contato mais direto com a população indígena. Ele conta como foi participar do evento pela primeira vez e diz que o estudo aprofundado sobre a cultura e a história dos povos indígenas o fizeram repensar valores e reconhecer ainda mais o legado deixado pelos seus ancestrais “a humildade deste povo é um dos valores que levo e sempre renovo para minha vida, isso contribui diretamente com a minha formação como profissional e como ser humano” Além disso, o estudante ressalta a importância do evento como uma oportunidade de troca de experiências entre os períodos “desde a montagem de um banner ou estande até informações mais técnicas e avançadas do curso e da profissão são de extrema importância para nós que somos recém-chegados à universidade”.
Já a estudante do 10º período, Hevelly Maynara Calheiros, participa do seu 5º farmácia indoor e o tema deste ano chamou atenção da acadêmica no tocante à baixa valorização desses povos por parte da sociedade. “Acredito que todos nós sempre temos o que aprender com esses povos, pois muitas vezes esquecidos e desfavorecidos no âmbito socioeconômico, eles conseguem se manter de pé e explorar sempre os recursos que a natureza oferece”. A discente destacou também como o farmacêutico pode ter um papel relevante na vida desta gente “quando levamos o conhecimento científico da área e orientamos a continuarem usando determinada planta medicinal para tratar uma doença, estamos contribuindo diretamente para o bem-estar deles, pois, o direcionamento adequado é uma forma de estarmos transmitindo os ensinamentos que aprendemos na universidade”.
“Alagoas conta hoje com 12 comunidades indígenas e 70 quilombolas. Percorrendo todo o estado, podemos encontrar esses povos que fazem parte da nossa história e das nossas vidas, dar notoriedade e valorizar as ações e atividades dessas pessoas é uma missão do núcleo e da IES. A conscientização dos nossos alunos perante a temáticas sociais deste tipo valoriza a nossa instituição e nosso aprendizado” ressalta o coordenador do NAFRI, Prof. Jorge Vieira.