Simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do Exame de Ressonância Magnética é premiado com o 2º lugar na Erbase 2019

Com a construção e uso do simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do RMN, espera-se poder ajudaras pessoas no tratamento dessa fobia.

14/05/2019 às 16h23

 

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um Simulador de realidade virtual para intervenção psicoterapêutica ao transtorno claustrofóbico do exame de Ressonância Magnética(RMN). Para realizar a implementação do software, se fez necessário o uso da Unity, ferramenta que é utilizada no desenvolvimento de jogos, criação de animações e ambientes virtuais de simulação.
Os criadores do Simulador são Nathália P. T. Neves ( Faculdade CESMAC do Sertão), João Paulo N. Cordeiro, Elis Nayara L. Barros, Mozart de M. Alves Junior ( Coordenador do Núcleo de Robótica do CESMAC), Adilson J. dos Santos, Alayde R. da Silva, Jaqueline M. da Silva e Hugo de L. Soares. Alunos e professores do curso de Enfermagem da Faculdade CESMAC do Sertão e professores do Núcleo de Robótica do Centro Universitário CESMAC.

A tecnologia de RV (realidade virtual) está em ascensão nas pesquisas das ciências da saúde, principalmente na Enfermagem, Medicina e Psicologia, incorporando aos seus estudos a avaliação formal de novas tecnologias para dimensionar o impacto de seus usos como recurso terapêutico. Em evento organizado pela Sociedade Brasileira da computação - Erbase 2019, o artigo “Um Simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do Exame de Ressonância Magnética”, foi premiado com o segundo lugar, concorrendo com trabalhos de mestrado e com produtos em desenvolvimento no mercado. O artigo será publicado em revista de Qualis (conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação).
O aparecimento de transtornos de ansiedade em grande parte da população urbana e rural tem se tornado cada vez mais frequente, destacando-se, principalmente, os relacionados às fobias. Dentre as terapias mais comuns, considerando o contexto das comportamentais, podem ser citadas as de exposição in vivo, que consiste na exposição da pessoa à situação real de sua fobia, e a imaginativa, em que a pessoa imagina o alvo de seu medo e realiza toda terapia no consultório do terapeuta (HAYDU, KOCHHANN e BORLOTI, 2016). A tecnologia de realidade virtual parece trazer vantagens para as intervenções psicoterapêuticas. Nos últimos anos, tem sido percebido um movimento de introdução das técnicas cognitivo-comportamentais junto à realidade virtual (WENDT, 2011).
Durante a criação do ambiente 3D em realidade virtual, houve a necessidade da utilização do software de modelagem 3D Blender para criar alguns modelos que foram utilizados na montagem do ambiente virtual do simulador RMN. A linguagem de programação C# auxiliou na criação das interações do simulador, desde interagir no menu principal que busca simular uma sala de espera para realizar o exame, como também, na parte do simulador, onde ocorre a interação principal do paciente com o ambiente virtual.
 Neste momento o paciente é transportado para um mundo virtual que simula a realidade. Foi criada para isso uma estrutura física da máquina de ressonância tornando a simulação mais realista, uma vez que foi misturado o real ( painel em mdf e a maca ) com o virtual ( simulador). Para propiciar a imersão no ambiente virtual foi utilizado o Oculus Rift que possibilita toda documentação detalhada de como funcionam a integração com a Unity.
A tecnologia de RV está em ascensão nas pesquisas das ciências da saúde, principalmente na psicologia, incorporando aos seus estudos a avaliação formal de novas tecnologias para dimensionar o impacto de seus usos como recurso terapêutico. Com a construção e uso do simulador de Realidade Virtual para Terapia do Transtorno de Ansiedade Claustrofóbico na Realização do RMN, espera-se poder ajudar as pessoas no tratamento dessa fobia, disse o professor Mozart de M. Alves Junior.
 A Erbase é promovida em conjunto com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), uma das maiores sociedades científicas do país de atuação diversa em questões nacionais relativas à informática. Sua organização se dá por um comitê composto por representantes institucionais da SBC em Instituições de Ensino Superior (IES) que tenham cursos de computação e informática dos referidos Estados. 
O tema desta edição “Indústria 4.0 - Computação fazendo fazer melhor”, que discutiu e buscou entender a crescente demanda no contexto do modo de produção referente ao acesso e processamento das informações em tempo real para melhorias no marketing e produção de bens e serviços. Desta forma, a ERBASE 2019 deu visibilidade a investigações relacionadas a essa realidade.