Pesquisa do curso de Direito analisa presente e passado dos crimes de homicídio sob encomenda na política alagoana
Estudo é orientado pelo Prof. Me. França Júnior, com participação da acadêmica do 4° “A” matutino, Midyane Isabelle dos Santos
11/09/2020 às 15h20
A pesquisa intitulada “O presente e o passado do homicídio sob encomenda na política alagoana: reflexões sobre a cena contemporânea a partir da observação do contexto histórico da década de 1960”, foi aprovada no mais recente edital do Programa Semente de Iniciação Científica – PSIC, selecionada com bolsa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas - FAPEAL.
Estudo orientado pelo Prof. Me. Francisco de Assis de França Júnior
O trabalho é desenvolvido pela acadêmica do 4° “A” matutino, Midyane Isabelle dos Santos. A pesquisa destaca que para chegar a uma precisa e eficaz compreensão de determinado cenário atual, deixando de lado as imprecisões do senso comum, e avançando para a construção de um verdadeiro conhecimento científico, é necessário um estudo aprofundado de como ocorreu o processo histórico do objeto em estudo, uma vez que a partir disso, pode-se extrair conclusões sólidas acerca da conjuntura presente.
Trazendo esse olhar para o contexto da pesquisa, sabe-se que por muitas décadas, Alagoas vivenciou períodos sombrios em na história, especificamente no que tange ao aspecto político, cujas raízes remetem a um cenário sangrento, marcado por violência, mortes e sumiços silenciosos, que amedrontavam, ameaçavam e calavam qualquer que cogitasse pensamentos contrários, implicando em uma afronta à democracia e à liberdade de pensamento, tanto pregada pelos antepassados que lutaram, muitos chegando a perder a vida nesse cenário.
A pesquisadora Midyane Isabelle dos Santos destaca:
“Observando Alagoas nos dias presentes, é possível notar que ainda há, infelizmente, atitudes e pensamentos que remetem a essa cultura marcada pela violência, e em contrapartida, pouco conhecimento científico produzido sobre isso, o que nos leva, mais uma vez, ao objetivo cerne das mortes encomendadas na década de 60: o silêncio”.
A estudante reforça também, que “para conseguir superar um problema, é preciso não o esconder, mas identificá-lo, entender quais razões o levaram a existir, e dessa forma, prevenir para que não se repita, e, particularmente, estar presente nessa construção do progresso de Alagoas, é de extrema realização, tanto pessoal, enquanto cidadã alagoana, como acadêmica, contribuindo para o avanço dos estudos na área Criminológica do Direito”, explica.