Exposição “Reminiscências” é prorrogada na Galeria Cesmac de Arte

Trabalho, que tem a curadoria de Carol Gusmão, marca os 10 anos da primeira exposição individual do artista Pedro Caetano

01/02/2023 às 09h36

Depois do recesso de final do ano, a Galeria Cesmac de Arte Fernando Lopes volta a exibir a mostra “Reminiscências”, que foi prorrogada até março deste ano. Com trabalhos de Pedro Caetano produzidos entre 2013 e 2021, a montagem tem como objetivo marcar os 10 anos da primeira exposição individual do artista. A curadoria da exposição fica por conta de Caroline Gusmão. As visitações podem acontecer de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17 horas, com entrada gratuita.

A palavra reminiscência remete à etimologia latina e pode ser traduzida como “imagem lembrada do passado; o que se conserva na memória, sinal ou fragmento que resta de algo”. A mostra contém 20 telas reunidas por meio de uma unidade visual, representada através de uma aparência mais intimista. Reminiscências também conta com um vídeo com imagens da primeira mostra– “Na Janela do Olhar”, realizada em 2012 na Fundação Pierre Chalita, e narração de Caroline Gusmão, agora curadora e responsável pelo primeiro texto curatorial do artista.

A nova instalação é recheada de simbolismo, tanto por celebrar a primeira década de trajetória em exposições, quanto por ser realizada na Galeria de Arte do Cesmac, onde se formou em Arquitetura e Urbanismo, revelando ainda a evolução do processo artístico. “A arte sempre esteve presente na minha vida. Desde criança eu desenhava e lembro com muito orgulho que esse foi o motivo pelo qual escolhi a arquitetura como profissão. Comecei a pintar de verdade no último ano da faculdade em 2008, de lá pra cá não parei mais”, destaca Pedro. A pintura do artista é baseada muito em intuição e percepção, de maneira autodidata. “Embora eu tenha feito alguns cursos livres de desenho, logo no início, mas a partir daí meu trabalho foi caminhando de uma maneira muito empírica. As obras são feitas em tinta acrílica sobre tela, geralmente em grandes dimensões. “Essa técnica de criar um baixo relevo nas telas através das ranhuras e raspagens que eu vou fazendo acaba por se transformar numa maneira de criar um desenho dentro da pintura”, detalha o artista.  
“Na obra de Pedro, a memória afetiva se faz presente pela fricção entre a adição e a subtração das formas, pela expansão e contração das cores”. Para o artista, este trabalho é recheado de simbolismo, tanto por celebrar sua primeira década de trajetória em exposições, quanto por ser realizado na Galeria de Arte do Cesmac, onde ele se formou em Arquitetura. Os temas elegidos pelo olhar-memória de Pedro surgem à vista através de camadas e camadas de tinta densa sobrepostas, técnica conhecida como empasto”, analisa Caroline. O observador é convidado a percorrer visualmente a intimidade da pele das imagens, estando estas ocultas pelo volume da tinta ou delineadas através das ranhuras que não raramente deixam entrever as cores anteriormente utilizadas e dormentes sob a superfície final.
Ainda para a curadora, o artista tem o mérito de somar à visualidade artística, robustez e significância criativas junto à seriedade da pesquisa envolvida em seu processo de maturação conceitual e produção visual. “Assim como estão para o presente as memórias do passado, na obra de Pedro Caetano o visto, o não visto e o imaginado se apresentam simultaneamente”, revela Caroline Gusmão. “Ao celebrar estes 10 anos de pintura em exposições, a história da arte alagoana agradece e brinda ao sucesso e à continuidade de sua carreira artística”, conclui.

O historiador e vice-reitor da Instituição, Prof. Dr. Douglas Apratto, comentou sobre o que a exposição representa para o Cesmac. “A retomada das nossas atividades após dois anos de fechamento imposto pelo Coranavírus é realmente muito importante. Com certeza é uma grande oportunidade de reabrir nossa galeria e de levar para o público alagoano uma exposição de muito valor artístico”, analisa Douglas.
 
Mais sobre o Artista

Pedro Caetano vem apresentando as obras em mostras coletivas desde 2008 tanto em Maceió, quanto em outras capitais como Fortaleza e São Paulo. Também já possui no currículo seis exposições individuais – a primeira “Na janela do olhar” ficou em cartaz na Fundação Pierre Chalita em 2012; dois anos depois ocupou o Divina Gula com o trabalho intitulado “Exposição Divina”. Sua terceira mostra foi “Ranhuras” em 2015, no qual conseguiu expor em Maceió e Fortaleza. Já em 2020, no meio da pandemia, estreou a exposição “Diálogos urbanos” no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, e teve as obras espalhadas em outdoors pela cidade e um tour em 360º on-line das telas.
Em 2022, além da mais recente individual “Reminiscências”, participou das exposições coletivas “RetroExpectativas”; também na Galeria Cesmac de Arte; “Coleção Alagoas: Novas Aquisições”, do BNB Cultural, e do projeto “Velas Telas”; e está com alguns dos trabalhos expostos no novo espaço Conexão Maceió Shopping – Carajás. Lembrando que” Reminiscências” segue em cartaz na Galeria Fernando Lopes, podendo ser conferida de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h e das 14h às 17 horas, na Rua Cônego Machado, bairro do Farol, S/N.  O público também pode saber mais sobre o artista no site www.caetanopedro.com e/ou pelo Instagram @caetanopedro.apc.
 
Créditos Release: Iranei Barreto com Ascom Cesmac  
Créditos Fotos: Antonio Fon
 
 
REMINISCÊNCIAS, de Pedro Caetano
Onde: Galeria Cesmac de Arte Fernando Lopes
 Endereço: R. Cônego Machado – Farol, S/N, Maceió
Horário de Visitação: Segunda à sexta-feira de 08h às 12h | 14h às 17h
Agendamento de escolas e instituições: (82) 3215.5094 / extensao@cesmac.edu.brt