As comunidades quilombolas de Inhapi, Balde e Aguadinha, e o Núcleo Acadêmico Afro Indígena (NAFRI - Cesmac), participaram de uma reunião para discutir o processo de registro e reconhecimento étnico. A pauta da reunião foi trabalhada em pontos como: aplicação dos questionários, articulação com as outras comunidades e definição dos participantes para o encontro sobre direitos quilombolas.
Nesse cenário, a partir das discussões, os representantes das comunidades e do NAFRI identificaram a desarticulação das comunidades e falta de políticas públicas e assistência nos serviços básicos para a população afrodescendente.
Nas duas reuniões, as lideranças apresentaram os problemas recorrentes nas comunidades, tais como: falta de água, saneamento básico, postos de saúde, escolas e moradia, evidenciando o descaso público para com os povos da região. A professora e pesquisadora Fernanda Ferreira, assistente social do Cesmac, explicou a necessidade e o processo de certificação dos quilombolas, “com essa documentação a comunidade passa a garantir legalmente auxílios e direitos, resguardados pelos artigos 215 e 216 da Constituição Federal”, explicou a docente.
O coordenador NAFRI, professor doutor Jorge Vieira, ressaltou a importância da reconstrução histórica e étnica das comunidades, pois, com o autoconhecimento e o estudo técnico, os habitantes irão se organizar social e politicamente para resolver os problemas que assolam a população.
Além da organização, definiram reuniões mensais e a participação no encontro sobre direitos quilombolas na Constituição, que devem acontece nos dias 24 e 25 de março, em Delmiro Gouveia, com a participação de cinco representantes por comunidade.
Do Sítio Balde, foram indicados Maria de Lourdes, José, Manoel Dias, Valdecir Elias e Adriela. Jorge, José Belarmino, Neguinho, Antônio Rosalvo e Maria Aparecida, foram indicados pela comunidade Aguadinha.
Por meio dos Projetos de Pesquisa e Extensão, o NAFRI- Cesmac tem promovido estudos e capacitação para os quilombolas. O objetivo é fortalecer a organização da comunidade e a luta pela efetividade dos direitos.
Colaboração: Maria Eduarda Rodrigues (Estudante de Jornalismo do Cesmac e Monitora do NAFRI)