Pet-Saúde Cesmac realiza oficina para socialização dos processos de aprendizagens dos estudantes nos campos de práticas

Oficina de sistematização e socialização do mapeamento sobre as práticas de assistência e gestão, existentes no III Distrito Sanitário e na Secretária

06/02/2023 às 13h48

O Programa de Educação pelo Trabalho na Saúde (PET-Saúde) Gestão e Assistência,  parceria do Cesmac com a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e o Ministério da Saúde, promoveu no último mês uma Oficina de sistematização e socialização do mapeamento sobre as práticas de assistência e gestão, existentes no III Distrito Sanitário e na Secretária, voltadas para os quatro eixos do Pet-saúde Cesmac, incluindo:  Política de Educação Permanente em Saúde, Doenças e Agravos Crônicos Não Transmissível, sequelas da Covid-19 e Política de Humanização no SUS.

O mapeamento foi realizado pelos estudantes dos cursos da saúde do Cesmac que integram o PET-Saúde Gestão e Assistência, juntamente com os profissionais de saúde que exercem a função de preceptoria. O processo de sistematização, por meio do mapeamento, identificou as práticas de saúde realizadas nos serviços e gestão do SUS voltadas para os referidos eixos, os responsáveis pela organização das práticas, o público beneficiado diretamente, os principais resultados ou produtos, e os limites e desafios das práticas mapeadas. Além disto, os estudantes também registraram as ações inseridas com a execução do PET-Saúde, no período de agosto a dezembro de 2022, que provocaram uma aprendizagem significativa no processo de formação profissional.
Durante a oficina, os principais resultados evidenciados pelos estudantes, a partir das vivências no PET-Saúde foram: comprovação científica de que as doenças crônicas estão diretamente relacionadas com a piora dos quadros de Covid; vivencia de experiências de promoção da clínica ampliada no acompanhamento dos casos de síndrome pós Covid; compreensão sobre os instrumentos de vigilância em saúde, os sistemas de informação e os indicadores de saúde, como saber acessar, tabular, analisar e produzir evidências; entendimento da organização e funcionamento da gestão municipal do SUS; visualização de mudança de hábitos da população  relacionados a prática de atividades físicas, evitando o sedentarismo; participação em ações que estimulam estilo de vida saudável como fator principal da prevenção de doenças crônicas.

O processo inclui ainda atualização de condutas a serem tomadas na atenção primária com pacientes portadores de HAS, DM e DRC, contando com o olhar ampliado para o cuidado integral; discussões acerca de estratégias para a implementação da educação permanente em saúde e para a ampliação da visão dos gestores; compartilhamento de saberes com profissionais de saúde que atuam de forma interprofissional;  entendimento de vários conceitos  e dispositivos da política de humanização e como ela é de fato abordada e implementada na saúde da população.
Nos debates e reflexões, após a apresentação da sistematização feita pelos estudantes, os/as preceptores/as e os docentes tutores/as do PET-Saúde, foi destacada a importância do mapeamento das atividades realizadas nos serviços de saúde e do registro das práticas vivenciadas pelos estudantes para o processo de formação profissional e a aproximação com o SUS. As falas destacaram elementos fundamentais do conteúdo das apresentações, envolvendo: atendimentos realizados nas unidades com enfoque no acolhimento e escuta dos usuários/as; integração entre os usuários/as e os profissionais de saúde; gestão participativa nos serviços, com usuários engajados nas atividades propostas; fortalecimento das iniciativas e dispositivos da Política de Humanização; práticas com objetivos de promover saúde e prevenir doenças; produção de novos conhecimentos, inclusive, com publicação científicas,  que contribuem para fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade.

Para a coordenadora do PET-Saúde Gestão e Assistência, professora Quitéria Ferreira, a oficina foi um momento significativo e gratificante para o SUS, por revelar o quanto os estudantes têm aprendido com a experiência. “A sistematização demonstrou o desenvolvimento de práticas inovadoras de integração ensino-serviço-comunidade, incluindo as práticas de prevenção e assistência à saúde no cenário pandêmico. Indicou, ainda, que os estudantes têm observado a incorporação da vigilância de análise de situação de saúde no cotidiano dos serviços, nos níveis da assistência e gestão, bem como o exercício da interprofissionalidade e do trabalho colaborativo em saúde no compartilhamento de processos decisórios e de produção do cuidado”.
PET-Saúde gestão e assistência tem proporcionado diversos momentos de trocas de saberes, com a inserção dos estudantes e docentes na Rede SUS, possibilitando a compreensão crítica sobre o estado de saúde da população e do desempenho do SUS em Maceió, numa perspectiva interprofissional e humanizadora.