Professores de Odontologia do CESMAC integram Consenso ABENO para pós-pandemia da COVID-19

A criação do documento, que tem foco nas medidas de Biossegurança, teve a participação dos docentes Alexandre Penteado, Áurea Valeria e Karlla Vieira

28/07/2020 às 17h24

A construção de uma relatoria do documento Consenso ABENO: Biossegurança no Ensino Odontológico Pós Pandemia da Covid-19, contou com a participação dos professores do curso de Odontologia do Centro Universitário CESMAC Alexandre Penteado, Áurea Valeria e Karlla Vieira. A iniciativa é da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO), que coordenou uma força tarefa, com a participação de mais de 500 docentes de quase 200 cursos de Odontologia no país, para elaborar um Guia de Orientação na volta às atividades pós Covid-19.

O trabalho tem um grande impacto em nível nacional como documento norteador para todas as instituições, que oferecem o ensino odontológico, inclusive baseado em normas e legislações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dos principais órgãos mundiais como Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/EUA), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O objetivo é orientar o retorno das aulas com segurança sem deixar de considerar a diversidade de cenários das diferentes instituições, dos desafios que serão enfrentados e da responsabilidade docente.  Cada curso de Odontologia compartilhou as próprias adequações possíveis, entre o ideal e o mínimo necessário para a futura retomada das atividades de ensino nas salas de aula, em laboratórios e nas clínicas.

 

A Profa. Áurea Franco, coordenadora da Clínica Escola de Odontologia do CESMAC, considera que o retorno das aulas presenciais na clínica-escola requer reavaliação das condições de estruturas física e dos espaços das instituições. “Foi importante participar do documento da ABENO nesse momento de planejamento tendo em vista que traz uma orientação respaldada pela construção coletiva, com um expressivo número de docentes de cursos de Odontologia brasileiros, em um curto intervalo de tempo, trazendo um caminho norteador nesse contexto, por isso é de extrema relevância participar desse processo”, afirma.
Todo o trabalho foi baseado em evidências científicas disponíveis no momento. O documento é norteador e importante nesse momento de enfrentamento à Covid-19. Todos os cursos listados na plataforma e-MEC receberam o convite da ABENO para participar da construção do consenso. Segundo o órgão, das 544 escolas de Odontologia, 178 responderam enviando professores representantes, incluindo o CESMAC.

Segundo a Profa. Karlla Vieira, a participação trouxe e deve manter um vínculo importante para o curso de Odontologia da Instituição. “Marcamos presença na ABENO de forma positiva, engajadora e transformadora, já que a Biossegurança muitas das vezes é falada, mas fica apenas no lado teórico e agora estamos sentindo na pele o quanto é importante e necessário entender o que é essa palavra significa, que na realidade é segurança para a vida. Além de participantes ficamos como relatores no documento, nosso nome está na relatoria. Então, foi isso que buscamos trabalhar nesse período e tudo contribuiu sobremaneira para que a subcomissão de Odontologia dentro do curso fortaleça quais são as diretrizes que devemos seguir para o retorno, em parceria também com a Comissão de Biossegurança da Instituição, a qual sou membro representante da graduação de Odontologia”, explica.
O trabalho continua, com a participação ativa dos docentes no grupo conduzido pelo Prof. Fábio Sampaio, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mantendo contato com diversos profissionais, com foco mais voltado para Biossegurança na parte do ensino que busque ter um nivelamento das condutas em nível nacional.

Para o Prof. Alexandre Penteado, que integra o documento pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mas que também é docente do CESMAC há 16 anos, fazendo parte da subcomissão de Biossegurança da IES, a construção do documento foi provocativa para a ABENO porque até o início dessa elaboração todos os documentos normatizadores no país, em especial da ANVISA, e até mesmo de vários internacionais, eram voltados para a aplicação de medidas de Biossegurança em termos de consultórios de atendimento único ou, no máximo, clínicas odontológicas de pequeno porte. Não existia pelo mundo nenhum tipo de colocações sobre como tomar medidas para instituições de ensino, principalmente em clínicas de odontologia de grande porte em ambiente único, com circulação de várias pessoas.
“É importante destacar que esse documento foi baseado em instrumentos internacionais, servindo como norteador para todas as instituições do país, com uma grande robustez, incluindo documentações legais, regulamentações e artigos de forte evidência científica. No trabalho de relatoria todos os docentes puderam contribuir no texto. Nós, enquanto relatores fomos construindo um texto e agregando tudo que foi levado pelos profissionais de fora. Foi um processo engrandecedor, pois a relatoria é de tamanha responsabilidade e gerou documento que norteia o país inteiro”, detalha.
Acesse o link e conheça o documento na íntegra Consenso ABENO- Biossegurança no Ensino Odontológico Pós Pandemia da Covid-19
Mais detalhes sobre a ABENO disponível em http://www.abeno.org.br