O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, marca um dos momentos mais significativos do calendário nacional. A data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo maior da resistência negra no Brasil, e convida a sociedade a refletir sobre a trajetória, os desafios e as conquistas da população afro-brasileira. No Cesmac, esse marco assume papel central dentro da missão institucional de promover educação transformadora com equidade, respeito à diversidade e valorização da identidade alagoana. Em um estado profundamente marcado pela história afro-brasileira e pelo legado do Quilombo dos Palmares, celebrar o 20 de novembro significa reconhecer raízes, fortalecer diálogos e reafirmar compromissos.

Os dados mais recentes, referentes ao período 2025.2, revelam a presença expressiva de estudantes negros no Centro Universitário. Entre os alunos matriculados, 3.639 são pardos e 303 são pretos, totalizando 3.942 estudantes negros. Entre os docentes com disciplinas ativas, 251 são pardos e 24 são pretos, evidenciando que a pluralidade das vozes que constroem a instituição está refletida tanto no corpo estudantil quanto no corpo docente. Esses números reforçam o papel social do Cesmac como instituição que acolhe, forma e impulsiona jovens negros em suas trajetórias acadêmicas e profissionais, além de fortalecer perspectivas diversas na formação superior.

Para o vice-reitor do Cesmac, professor e historiador Douglas Apratto Tenório, o 20 de novembro ultrapassa o campo da celebração: é memória viva e responsabilidade coletiva. “A Consciência Negra não se limita a uma data; ela atravessa a história do Brasil e a história de Alagoas de forma profunda. Zumbi e Dandara representam a luta pela liberdade que moldou nossa identidade enquanto povo. No Cesmac, reconhecemos essa trajetória, valorizamos a diversidade que compõe nossa comunidade acadêmica e reafirmamos o compromisso de construir uma instituição cada vez mais plural, inclusiva e atenta ao seu papel social.” Ele destaca ainda que, ao observar os números de estudantes e docentes negros, é possível perceber que a diversidade está presente de forma concreta na vida acadêmica. Para ele, celebrar o 20 de novembro dentro da instituição significa dar visibilidade à história, fortalecer políticas de inclusão e dialogar com uma juventude que transforma o presente e projeta um futuro mais justo.

O Cesmac desenvolve ações permanentes relacionadas à inclusão racial, como projetos de extensão, debates, grupos de pesquisa, atividades culturais e iniciativas de valorização da história afro-brasileira. Ao promover eventos, reflexões e práticas educativas, a instituição reforça seu papel no enfrentamento ao racismo, na promoção da igualdade e na construção de uma sociedade mais consciente. Neste 20 de novembro, o Cesmac reafirma que a Consciência Negra está presente não apenas na agenda, mas no cotidiano acadêmico, na formação ética e crítica de seus alunos e na defesa de uma educação que reconhece, respeita e valoriza todas as histórias.