NAFRI, curso de Medicina Veterinária e o povo Kalankó

Ação do Núcleo Acadêmico Afro e Indígena do Cesmac.

16/03/2018 às 16h09

No início deste mês, professores e monitores do Núcleo Acadêmico Afro e Indígena (NAFRI) em conjunto com os professores do curso de Medicina Veterinária do Cesmac, participaram da reunião com o povo Kalankó, na comunidade Januária, localizada no município Água Branca, aproximadamente 320 km de Maceió.
O encontro tratou sobre o trabalho do NAFRI e do curso de Medicina Veterinária, que é desenvolvido nas comunidades desde o final de 2017, além de também fazer o planejamento das atividades para 2018. O objetivo é favorecer o desenvolvimento agropecuário e ambiental da população indígena tecnologicamente correto, fazendo a educação e prevenção junto aos indígenas, tendo como foco a imunização, manejo e condições sanitárias do rebanho.
A partir das visitas feitas anteriormente, os professores e acadêmicos conseguiram identificar os pontos que devem ser trabalhados, dentre eles a criação de uma cooperativa indígena de pecuária e agricultores da comunidade, que vai possibilitar autonomia para o povo. “A nossa preocupação é fazer com que esse trabalho melhore a alimentação, o manejo, e as atividades de comportamento desses animais” disse o professor Eduardo Melo.
O cronograma de atividades foi apresentado pelos professores Marcos Vieira, Eduardo Melo e Muriel Pimentel. Entre os objetivos, ações e metas para o ano de 2018, estão: visitas mensais, melhoramento genético dos animais, projetos de pesquisa e extensão nas áreas de antropologia, caprino-ovinocultura, energias renováveis, educação ambiental, dentre outros.
 Segundo o coordenador do NAFRI, professor doutor Jorge Vieira, a escolha da comunidade Kalankó não foi aleatória “Eu indiquei Kanlankó porque aqui já existe um trabalho de organização, segundo dados que levantamos no ano passado”, e completou: “o povo servirá de modelo para as demais comunidades indígenas e quilombolas.
Ao apresentar o cronograma de ações, Eduardo explica que o objetivo do trabalho é a integração do conhecimento da academia com os saberes tradicionais dos povos indígenas. “É uma troca, a experiências que vocês têm e a quantidade de conhecimento que vocês adquiriram com os seus antepassados e que perduram até hoje serão absorvidas e utilizadas por nós também”.
A equipe também é integrada pela estudante de Jornalismo Maria Eduarda Rodrigues, Monitora do NAFRI, fazendo a produção de textos com a orientação do professor doutor Jorge Vieira, que também é jornalista.